segunda-feira, outubro 11, 2010

Bactéria Auto-Destrutiva

Há um dia em que te dizem que não vais estar mais aqui, neste Mundo,
Quando

e não vais integrar uma equipa aeroespacial e emigrar para outro planeta, não

Quando olhas para trás e percebes que
todas as lágrimas e todos os receios e todos os teus medos
em viver e continuar em frente

que pareciam quase monstruosos, capazes de derrubar qualquer ser abaixo

Eram apenas coisinhas do tamanho de uma bactéria
Bactéria essa responsável pela patologia auto-destrutiva que te impediu de teres vivido e aproveitado a vida à Grande.

Por isso,
Antes que chegue o fim...
...VIVE e deixa-te de merdinhas auto-destrutivas.

quinta-feira, setembro 23, 2010

Ode ao Outono

Adoro adoro adoro adoro... o amarelo do Outono, aquele amarelo torrado, a cascata de castanhos de vários tons, a castanha assada, o frio que começa a arrepiar a espinha e que enfrenta o calor do Verão que já passou.

Adoro, muito mesmo, este país em que as estações são moderadamente longas e trazem saudade das que vêm aí.

A primeira folha caiu, farta da pendura e resistência louca ao vento.
Desistiu?
Não.
Caiu?
Sim.
Ir-se-á levantar, de novo?
Talvez um pássaro a leve no bico e a faça acreditar que há muito mais do que as coincidências da vida.


sábado, setembro 18, 2010

Melhor filme... aAaAAA...wAAc..waacc...waaaahhhhh!!





Estávamos nós... e o calor
(oh que calor, tanto calor)
neste Verão escaldante,
Dentro de quatro paredes,
isolados do inferno,
do inferno de Dante,
Quando o Blondie aparece,
diante dos meus olhos, molhados,
De tanto prazer e paixão,
De tanto amor abençoados...
E fez-me acreditar
The Best is yet to come,
come come come,
until my work here is done.
O Tuco vocifera:
"If you work for a living,
why do you kill yourself working?"

Estávamos nós... e o calor
neste Verão escaldante,
Estávamos nós... e o calor
do inferno de Dante,
quando a epifania veio adiante,
e disse:
Está na hora de te fazeres à estrada Blondie.

aaaaAAAaaaaaahhhh....waaaac...waaaaac.....waaaaaaaccc...

Let's try to Live full and never die



"Dream as if you'll live forever. Live as if you'll die today."
James Dean

sexta-feira, julho 23, 2010

"Brel, como num sonho"

"É preciso enganarmo-nos, é preciso ser imprudente, é preciso ser louco. De outro modo não passamos de diminuídos."

Jacques Brel

Também é preciso ir ver:
IFP- 27 de Julho e 31 de Julho de 2010, pelas 21h30

quarta-feira, junho 16, 2010

Sabe a Verão, está quase aí... Finalmente

@BARCELONA - SAN MIGUEL PRIMAVERA SOUND 2010
UM DOS GRANDES CONCERTOS :)





The Drums - Forever and ever amen

We, we are in love
and we forever
We not gonna stop
We'll be forever

And all the stars in the sky
And all the flowers in the fields
And all the flower in the earth
Could never take you from my heart

And it's forever, baby it's forever
And it's forever, baby it's forever
And let me run till the end of time
Until our hearts are aligned into the sky
Run till the end of time
Until our hearts are aligned into the sky

We, we are the ones
When we're together
We, we are the young
We live forever

And all the stars in the sky
And all the flowers in the fields
And all the flowers in the earth
Could never take you from my heart

And it's forever, baby it's forever
And it's forever, baby it's forever
And let me run till the end of time
Until our hearts are aligned into the sky
Run till the end of time
Until our hearts are aligned into the sky

Forever ... and ever (repeat)

And it's forever, baby it's forever
And it's forever, baby it's forever
And let anekatips me run till the end of time
Until our hearts are aligned in the sky
Run till the end of time
Until our hearts are aligned in the sky

quinta-feira, março 11, 2010

Infinito

Se calhar é isso.
Provavelmente.
Diria, quase de certeza.
É isso mesmo.
Não posso olhar tanto para ti,
senão ainda fico cega.




After all the time
After you
Had you seen me with someone new
Hanging so high for your return
But the stillness is a burn

Had I seen it in your eyes
There'd have been no try after try
Your leaving had no goodbye
Had I just seen one in your eyes

I can't give it up
To someone elses touch
Because I care too much

Could you tell
I was left lost and lonely
Could you tell
Things ain't worked out my way

Wish the best for you
Wish the best for me
Wished for infinity
If that ain't me

Give it up
I can't give it up

I can't give it up
To someone elses touch
Because I care too much

Give it up
I can't give it up

quinta-feira, janeiro 28, 2010

Castelo Andante




Às tantas ela só precisava de uma desculpa para esconder a fragilidade e dependência que sentia. Não queria, jamais, que alguém percebesse que renunciara à Humanidade.
Ela não acreditava mais nas pessoas.
O seu castelo, voava.... mas para longe.
Estava desiludida mesmo.
Ainda mais fazia notar a sua desilusão quando o castelo que tinha criado começava a atirar-lhe pedras.
Para cima dela, em cima da cabeça dela, pum-pum! Tum-tum... Aaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!
Contra a sua cabeça. Enquanto ela olhava lá de baixo, tão pouco segura.
Olhava para as muralhas, como se olhasse para o céu.
(O seu castelo continuava a voar... mas para longe.)
Como se fosse uma criança a olhar para um adulto, e este lhe estivesse a dar o sermão da vida:

Não devias saber já, que o Pai Natal não existe?
Que o Mundo não gira à tua volta, tu é que tens de girar à volta dele?
Que os castelos fazem-se e desfazem-se ao sabor do vento?
Que, se queres alicerces, tens de os construir e esperar que nenhum furacão os destrua?


De cabeça erguida, escutava o sermão que vinha de cima, das pedras.
As lágrimas queriam rebentar, mas sabia que tinha de deixar de se vitimizar.
Chega.
A culpa foi tua, quem manda acreditar no Pai Natal?
(Queria tanto continuar a acreditar...)
O vento fazia dançar os seus longos cabelos numa melodia qualquer.
Podia ser Chopin. Ela gostava do Chopin e do piano tocado que fazia chorar.



Olhava lá de baixo e sentia as pedras baterem na sua cabeça,
com força,
mas permanecia intáctil.
Como se necessitasse de uma ferida exposta para justificar a razão da sua fugida.

No fundo ela sabia que a vida era isso:
Ver castelos a desmoronar.