terça-feira, setembro 26, 2006

Sabias que...

Sabias que... para mim é fácil desistir?

Não lutar por uma causa, que, penso sempre perdida, penso sempre predestinada, penso sempre condenada, por ser fortemente influenciada por uma intemporalidade irreconciliável?

Sabias que... para mim é fácil deixar?

Deixar de investir precipitadamente, assim de um segundo para o outro, por não ter tempo a perder, por não ter tempo para esperar, por ter não ter nada que me faça tristemente e frustradamente estar dependente, por não ter a quem dar o exemplo ou justificações que nem a mim me convencem, por ter tempo ainda para começar de novo?

E deixar ainda quem não quer estar (Ah! basta dizerem-me...), por não querer prender, por não querer sufocar nem agarrar, quem no seu perfeito juízo inventa, quem do seu perfeito juízo não vai à guerra, quem na sua sanidade mental não LUTA e desiste... assim como EU.

Sabias que... para mim é fácil continuar?

Seguir em frente depois da queda, incrível como me dá mais força, incrível como me alimenta... mais parece que a passividade a mim me atormenta, me constrange, ao ponto de na passividade me deixar entorpecer.

Sabias que... para mim é difícil esquecer?

Esquecer quem cá... para sempre, estará.

Nem tu, nem nenhum outro estarão.