segunda-feira, dezembro 17, 2007

Botão Branco

Um botão branco numa camisa preta, perseguido por outros botões pretos, proclama por consideração como se fosse um néon de neve num pano de fundo escuro. Até parece que grita pelas suas casas mais abertas do que as dos outros botões. Tem medo, está preso e cheio de medo, por não conseguir inserir-se no meio dos outros botões ou por não conseguir libertar-se dos outros botões. E então GRITA

(pelas suas casas)

GRITA bem alto e reivindica a sua condição de diferente e exclusivo.

Afinal é único.

Mas vai daí, outro botão grita ainda mais alto e diz-lhe:
"Um dia eu hei-de amar uma pedra e essa pedra há-de amar-me a mim sem medo e cobardia de falhar. Sem ter vertigens na altura da queda livre. Castra-te. Castra-te. Pode ser que um dia fiques como uma pedra.

Mas uma pedra que eu não vou querer amar."

2 comentários:

______ disse...

...mas água mole em pedra dura...

Boas festas!

______ disse...

Exigente?! Nada disso... Deves desejar sempre, a toda a hora. Bater o pé, se for preciso. Mas deseja sempre!
Já tentei o cliché do "ser feliz". Parece-me demasiado vago. Acho que este ano vai ser mesmo "IPACAMONHANGABA". Só para ver no que dá...
Estava a referir-me à parvalhona da Hilton, mas foi só porque dava um trocadilho giro, mais nada.
De qualquer das formas, prefiro morenas.
E discretas :-)
"IPACAMONHANGABA" para ti.

P.S. Não faço ideia do que raio isto quer dizer. Mas parece-me muito mais cool e místico do que "Desejo ser feliz".