segunda-feira, janeiro 21, 2008

Não digam a toda a gente

Conduzir por Lisboa... à noite com a Roisin como banda sonora. Perceber que não pertenço a ninguém: e a felicidade que isso me traz! Não ter que atender, responder, comprometer... bah. Bicho do mato?

18 comentários:

Anónimo disse...

Originalmente referido por mentes inquietas e estivais, esse termo foi aplicado para descrever um estado de independência e opinião bastante marcadas...
Bicho do mato é arisco, opinioso e sobretudo livre...características que, por vezes, se perdem em sociedade, com os condicionalismos que daí resultam...
Partilho...e concordo...(teremos algo de Jane????)

*'s
MP

Anónimo disse...

Cuidado com a expressão "Bicho do Mato"

Acho que um "Bicho do Mato" não é uma pessoa anti-social, mas sim uma pessoa que não vive no mundo de hoje, não está aberta a novas aventuras...

Sinceramente, pelo que vejo aqui não pareces isso... ressentida, talvez... a tal pedra no sapado que não sai?...

**
PB

MaryMoon disse...

Concordo em parte e discordo na outra (frase inteligente... foi a que saiu). Para mim uma pessoa bicho do mato tem sempre algo de anti-social. Uma pessoa que não esteja aberta a novas aventuras pode ser uma pessoa que já tenha vivido aventuras que cheguem para querer viver mais. Não viver neste Mundo, não é difícil! Imagina só a quantidade de podridão que vislumbras à tua volta e não te identificas?!? Muitas vezes digo para mim mesma que não devo viver neste Mundo. Agora, são os outros que estão mal? Ou sou eu...? Não me considero bicho do mato na sociabilização. Considero-me bicho do mato na medida em que acabo por ficar isolada algumas vezes porque não estive à espera que alguém estivesse disponível para acompanhar-me. Para não ter de me moldar aos outros... Sou livre. Faço o que quero. Não dou justificações. E essa sensação apraz-me mais do que eu pensava. :)
Quanto às pedras no sapato... quem as não tem (?) será concerteza ainda mais livre para conseguir seguir em frente. Eu tenho. Não nego. Daí, sim, talvez o ressentimento.

Mas não hesito em dar um passo em frente... e em cada passo que dou, é mais uma pressão exercida sobre a pedra...
até que um dia...
ela partirá de vez até ao último grão facilmente sacudível.

MaryMoon disse...

Teremos de Jane e de mulheres que já não se identificam com a imagem de Julieta à espera na janela do seu Romeu (que até pode existir ;). Já não nos sentamos à espera. Agimos antes. Lutamos pelo que queremos, mas também admitimos quando não queremos. E às vezes ficamos na dúvida! (quem é que não fica? quem nunca as teve?) Será sempre tudo a preto e branco para quem não entende que hoje é uma coisa, amanhã pdoerá ser outra??
O teu curso intensivo está a dar resultados... qualquer dia, a estória inverte-se e será antes o Romeu à janela à espera da Julieta ;)
Love you muah

Anónimo disse...

humm claro...
actos extremistas nunca ficam bem... mas tb qd referi não estar aberta a novas aventuras não significa propriamente "Jack & Jill"...
Quanto à auto-proclamação de ser livre, acho muito bem!
O significado de ser livre é muito importante, seja a nível pessoal, seja a nível profissional.
Quanto à pedra não vale a pena enxovalhar... Seja o que ela fôr...
E por mais que apeteça ou ela mereça.
"I'm Free" - Rolling Stones

**
PB

Tânia Mealha disse...

Lá me lembrei da letra do Pais "ninguém é de ninguém, mesmo quando se ama alguém". Concordo com ele. Não será propriamente a vida em sociedade que nos tira a liberdade, mas mais a forma como escolhemos vivê-la. Namorar, estar casado, viver junto, não é algo na minha perspectiva que tenha que nos tirar a liberdade. Até porque amar é ser livre! (uiiiiiiiiiii - lol). A sério. Amar a nossa vida, as coisas que nos constituem, que nos caracterizam, parecem-me ser requisitos para se ser livre. A liberdade não desaparece com os laços que criamos, talvez também advenha daí. A liberdade de conhecer, de experenciar, de sentir os outros, que só nos é possível pelo contacto que esses outros nos permitem. A liberdade em exprimir a nossa opinião, em agirmos consoante as nossas crenças, em viver o quotidiano de acordo com as nossas escolhas, e no fim do dia sabermos que esses outros continuam lá, porque são tão livres como nós e respeitam, por isso, quem somos e o que somos, como devemos fazer com eles. Nesta perspectiva, e apesar da nossa relação ser diferente da que falas no teu post, podes não atender o telemóvel quando não te apetece, não falar quando não queres e até não ouvir, nem sempre há disponibilidade emocional para tal, que continuarei aqui. Pois sou livre, e estar aqui é exercício dessa liberdade.

Eu!

MaryMoon disse...

PB - tem tradução?
Quando refiro exercer pressão sobre a pedra não é enxovalhar! Até me apetecia mas a pedra não merece, apesar de não ter culpa de nada. A pedra é pedra porque eu assim o quero, porque a própria pedra não o quer ser pedra na minha vida. Resta-me fazê-la desagregar-se para que deixe de incomodar o meu sapato alto e me permita seguir direita e feliz.
Liberdade a nível profissional: ou tens muita sorte e trabalhas por conta própria, ou então não tens outro remédio e ficas sujeito a ordens superiores. Mesmo assim, o mais importante é identificares-te com o que fazes e procurares manter a tua sanidade ética e profissional.
Quanto ao Jack&Jill, nunca segui a série de perto: não desgrudarem um do outro? Que urticária, que enjoo...
Hope you'll always be free without any rolling stones in your shoes!

______ disse...

Umberto Eco escreveu: "Nenhum Homem é uma ilha". Mas às vezes podemos ser. Eu sou frequentemente...
A questão fundamental é: Que ilha? - Uma das Canárias... ou uma das Desertas?

Inspirado disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

acho que podemos ser livres profissionalmente mesmo sem ser por conta própria! desde que gostemos do que fazemos...
eu cá gosto muito de estar por conta de outros, embora também sinta que o meu espaço é importante e dou-lhe muito valor... essa tal liberdade!
acredito muito que para evoluir às vezes precisa-se de engolir sapos... precisa-se de trabalhar com outras pessoas, mesmo que tenham perspectivas diferentes...
Quanto a ser livre sem pedras rolantes... pois, desde que não tenham as pontas afiadas e de facto não rolem, senao acontece "down the hill fell jack & jill and you came tumbling after..." :-)

**
PB

MaryMoon disse...

A seres uma ilha, antes Desertas que Canárias!

______ disse...

Porquê??? Podias ser, por exemplo, Ibiza, com diversão a toda a hora, e gente gira, em vez de seres uma deserta, onde só existem pedras e ervas daninhas. Só os Espanhóis e os Marroquinos é que são suficientemente parvos para discutirem por um calhau árido espetado no meio da água. Sê Ibiza, Tenerife, sei lá, em último caso, Porto Santo... Mas uma ilha divertida!

MaryMoon disse...

Acredita que nunca fui a Ibiza mas se algum dia for, será um dos últimos destinos da minha lista infindável... Mil vezes antes pedras e ervas daninhas a milhões de pessoas, cimento e lixo! Em Ibiza também há pedras e ervas daninhas, mas na sua forma fabricada, o que ainda é pior. Não tem mesmo nada a ver comigo...

Quando lutas por alguma coisa, muitas vezes nem é pelo que lutas MAS ANTES porque lutas. O calhau é calhau, mas cada um pensa que é seu de direito. Se tiveres uma caneta, por mais básica e Bic que seja, não deixarás que simplesmente te a tirem por ser básica e Bic. Ela era tua. E o que consideras teu, ninguém te pode tirar. São assuntos discutíveis e polémicos demais para resumir com tão poucas palavras... mas ficam as palavras :) Ah! E anda alguma coisa a contaminar o teu blog, porque cada vez que tento entrar, o meu computador bloqueia.

Inspirado disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Isso era comigo? Não consegues entrar no meu blog? como assim?
estranho! primeira pessoa que me diz isso... (confesso que até tem a sua ironia...)

Quanto à BIC, tenho duas aqui ao lado e detesto quando me "tiram"...
Só não ando com uma sempre, porque tenho aquela Rotring que fica metade do tamanho para andar junto ao meu caderninho no bolso... :-)
Mas a qualidade da BIC é quase inatingivel... "and going and going" e tem imensas possibilidades de traço, coisa que muitas não têm... ;-o

**
PB
(peço desculpa por apagar o outro comment... distrai-me :-) )

MaryMoon disse...

PB o meu comment era para o ??? de outro blog...

MaryMoon disse...

Lol

______ disse...

"I Rest My Case"... :-) Uma das maravilhas da condição feminina é a capacidade de mostrar perspectivas alternativas válidas. Deve ser a natureza maternal.

Não te preocupes com o blog. O que o anda a infectar é falta de tempo e inspiração. Não andas a perder grande coisa...

Mas fico feliz pelas tuas visitas... ou tentativas :-)

???