terça-feira, janeiro 08, 2008

Estar de volta: Carpe diem.

Vá.
Não me venham com aqueles discursos chapa batida, de que "Ano Novo, Vida Nova", ainda mal começou o ano e já não suporto esses clichets de que a viragem de um ano num calendário que alguém se lembrou de inventar (Gregoriano - que nome... será que é porque, quando o ano virou, estava a ir ao grego??! ai o Papa Gregório, ai o Papa... tanto sangue de Deus, meu Deus) é suficiente para nos erguermos com a maior força inabalável (inderrubáveis mesmo) de quem suporta todo o excremento que nos acontece?!?
Ainda mal acabava o ano e fui surpreendida com o boom hormonal mensal e tão estupidamente pontual, suficientemente insuportável para me tornar insuportável... para os outros. Como é que alguém pode acabar bem o ano assim? Qual é a moral, acordar inchada, dores de rins, pernas, barriga, olheiras e um humor refinadamente sarcástico e implicante com tudo o que mexe e se atravessa à minha frente? Derrotei-me, pronto. Anulei tudo com gramas de álcool... (tão bom, cavet! que mais saiu para fora do que para dentro do meu copo- grande espalho sim sr!) não comi as famosas, intragáveis e engasgáveis passas (em Espanha comem-se uvas, vejam só, eles é que sabem o que é bom) e não formulei os tão famosos desejos universalmente não concretizados para ninguém...
Não é verdade? Não é verdade que anda toda a gente deprimida e em baixo porque, para além da
casa,
roupa XPTO e fashion,
comida no prato,
carro para se movimentarem e encalharem,
pele esticada para parecerem mais novos e horrivelmente perfeitos,
maquilhagem super fantástica para o deslumbre periférico,
viagem para o Brasil bimba e... etc..
Não é verdade que anda tudo com tudo, e sem o suficiente para ser feliz? Estou farta desta insatisfação geral. Só me apetecia transportar um pouco da África subsariana e espetá-la aqui, à frente dos olhos arrogantes desta gente snob e fútil, e claro, abrir-lhes os olhos à força, para que pudessem ver. O que nunca vêm à sua frente e as faz ser... infelizmente e frustradamente bonecos de plástico.Daquele plástico oco.

Conhecer muita gente...lindo, foi um espectáculo.
Mas do que se fala? Blá-blá-blá-blá e depois fumar, cheirar e tomar... FDX!
Pensei, daqui a nada rebentam com tanta porcaria que metem para dentro.
"Ah e tal.. és mesmo careta, chata, aborrecida...que seca de rapariga." pensam.
Quero lá saber,
(Tsun-Tsun-Tsun, techno agrressive e hard-core "pinchado" por um freak ávido e salivento de viver tudo como se fosse o último dia..)
E amanhã? As pessoas que estão cá para mim? Como é que elas ficariam?
Boa Sorte Carpe Diem Boys.

5 comentários:

______ disse...

Não desejaste IPACAMONHANGABA???!!!!
Devias...
Devias dar-te por feliz por teres a noção de que provavelmente já tens muita coisa e muitas pessoas que te fazem feliz - pelo menos a maior parte do tempo. Essa "gente snob e fútil" não tem essa sorte.
Fazer o melhor que se pode com o que se tem, é uma arte.
E dispensamos as merdas ilegais pelas narinas acima. "Carpe Diem" é muito cool quando se tem 15 anos, e pouca cabecinha.
...enfim... Reveillon no Lux, não? ;-)

Salta pocinhas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Salta pocinhas disse...

Gosto de me iludir durante aqueles cagagésimos de segundo. Bem, no mês de Janeiro ainda penso nisso. E sabes que mais? Gosto desta sensação de ilusão de sonhar acordada, pronto, pronto ir à Lua é completamente irrealista e então?

MaryMoon disse...

:) Sem ofensa, mas receei desejar IPACAMONHANGABA! e cair-me um raio em cima AHAHAHAHAHA(espero que não te tenha acontecido) Lux? Não. foi mais Sierra Nevada, com uma imagem cinematográfica como pano de fundo: um manto de neve. Um Bom ano para ti cheio de inspiração para mais posts!

MaryMoon disse...

Mas a questão está aí, não é só nos cagagésimos de segundo da viragem do ano que nos devemos iludir: deve ser em todos os cagagésimos de segundo em que respiramos! O meu desabafo é em relação à pressão universalmente exigida para que acordemos no dia 1 de Janeiro, com o espírito mais confiante e forte do Mundo, mesmo que estejamos carregados com uma valente ressaca de desidratação, cefaleias, náuseas, gregos (em homenagem ao Papa) e com tanta astenia para mexer um músculo quanto mais para pôr o cérebro a funcionar e lembrar que a esperança de repente... voltou!
Só peço que agora não. E enquanto isso... boas viagens até à Lua ;)